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Foto do escritorAlexandra Gomes

À vontade, mas não à vontadinha: gestão da permissividade parental

A proximidade parental na educação atual trouxe muitos benefícios, mas estes vieram acompanhados com alguns riscos, por vezes, com consequências determinantes para o desenvolvimento psicoemocional da criança, salutar e equilibrado.

Segundo o Psicólogo Alfredo Leite, esta permissividade tem várias origens e gera consequências distintas nos que dela usufruem: os filhos!


Alguns pais adotam uma postura permissiva na educação dos filhos devido à falta de conhecimento educativo e pedagógico e, por isso, para evitar conflitos, e porque não se sentem seguros na forma de educar, optam por não impor limites claros e consistentes. Como consequência, as crianças tornam-se mais indisciplinadas, com dificuldades em respeitar as regras e gerir a frustração.


Outro grupo parental, sobretudo as mães, têm alguma dificuldade em respeitar uma prática educativa assertiva, por se sentirem emocional e psicologicamente fragilizadas, muitas vezes devido a situações não resolvidas, que estas também tiveram com a sua mãe, ou por uma sensação de incapacidade pessoal sentida, também na prática da parentalidade. Nestes casos, é comum que a prática parental assente num foco exacerbado no filho, como sendo o centro da existência materna, tornando-se numa educação superprotetora, num amor assente no medo – apego.


Para lidar e gerir esta permissividade parental, Alfredo Leire, propõe a adoção de algumas estratégias, tais como:


- Capacitar os pais, através da sua participação em programas de educação parental, para a compreensão da importância do estabelecimento de limites saudáveis e o desenvolvimento de competências parentais educativas eficazes.


- Disponibilizar apoio psicológico, através de terapia individual ou familiar, para ajudar a resolver todas as inquietações relacionadas com a prática parental, tornando-a saudável e equilibrada.


- Promover a autonomia dos filhos, encorajando-os a tomarem decisões autonomamente e a superarem os desafios que vão surgindo nas suas vidas. É necessário encontrar um equilíbrio entre proteção e autonomia, permitindo que as crianças aprendam com os erros e desenvolvam a resiliência, competência tão importante ao longo da sua vida.


Ser pai/mãe é desafiante e gerir a balança da permissividade e da autoridade é fundamental para a criação de um ambiente familiar seguro, promotor da maturidade emocional, da autonomia pessoal e da capacidade para enfrentar e superar os desafios que a vida vai presenteando as crianças.


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