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Foto do escritorAlexandra Gomes

Quando os adolescentes precisam da aprovação dos outros para se aceitarem e gostar de si próprios. Como ajudá-los?

Os adolescentes geralmente dependem da aprovação dos outros para gostar de si próprios. Como resultado, experimentam uma montanha-russa emocional que gera sentimentos como: insegurança, pelo facto da sua autoestima estar dependente das opiniões externas, o que pode gerar dúvidas sobre o próprio valor; ansiedade em corresponder às expectativas dos outros, temendo críticas ou rejeições; frustração e autodesvalorização quando não conseguem a aprovação desejada; solidão por não conseguirem conectar-se genuinamente com os outros, sentindo-se sozinhos, mesmo estando em grupos sociais, e; exaustão emocional, derivado da necessidade constante em agradar os outros, negligenciando os próprios interesses.


Perante este quadro sintomatológico, os adolescentes devem ser ajudados atuando em várias áreas, tais como:

  1. Fortalecer a sua autoestima: incentivando-os a identificar e a valorizar qualidades únicas e conquistas pessoais; elogiando-os reconhecendo os seus esforços e progressos e não apenas os resultados obtidos.

  2.  Desenvolver a autonomia emocional: mostrando que é saudável nem sempre agradar a todos e que o valor pessoal não depende de aprovação externa; ajudando a estabelecer metas pessoais que reflitam seus próprios interesses e valores.

  3. Promover a autenticidade: discutir sobre a importância de ser fiel a si mesmo, respeitar as suas preferências e opiniões e estimular a construção de amizades baseadas na aceitação e no apoio mútuos.

  4. Disponibilizar um espaço de apoio: estando disponíveis para ouvi-los sem julgamentos e validar os seus sentimentos; criar um espaço onde se sintam aceites por ser quem realmente são.

  5. Trabalhar a resiliência: ajudando a entender que críticas nem sempre refletem a verdade sobre eles, mas sim opiniões individuais; ensinar a lidar com rejeições de forma construtiva, transformando-as em oportunidades de aprendizagem.

  6. Dar a conhecer bons modelos: exemplificando com atitudes de pessoas (familiares, amigos ou figuras públicas) que são respeitadas por serem autênticos.

  7. Procurar ajuda profissional: quando a insegurança ou dependência da aprovação alheia se tornar muito intensa e comprometer o bem-estar pessoal, a fim de desenvolver estratégias de autocuidado emocional.


O foco está em promover a autoaceitação, mostrando que é possível gostar de si próprios independentemente da opinião dos outros. Desta forma, os adolescentes adquirem ferramentas para lidar com a complexidade das relações sociais com mais confiança.

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