O adiamento de tarefas e decisões é uma característica transversal a várias pessoas e não menos comum é manifesta pelos jovens.
A Procrastinação é um comportamento complexo e muito frequente entre as pessoas, especificamente em relação às tarefas da sua vida.
Segundo [i]Silver (1974), o tempo é perspetivado como uma armadilha potenciadora deste conceito. O autor considera que procrastinar está além do simplesmente evitar a tarefa, uma vez que se relaciona com a capacidade da pessoa prever o tempo necessário para completar a tarefa com sucesso, ponderando a relação custo-benefício na tomada de decisão.
Com os estudantes, este comportamento é também frequente e, por isso, uma fonte significativa de stresse pessoal, que afeta o seu desempenho académico e a sua saúde emocional. Segundo vários autores ([ii]Burka & Yuen, 1991; [iii]Ellis & Knaus, 1977), a procrastinação nos estudantes depende de fatores, tais como:
- Grau de dificuldade da tarefa;
- Medo de errar;
- Não identificação com a tarefa;
- Perfecionismo (“tenho que ser perfeito”; “é mais seguro não fazer nada do que correr o risco e falhar”).
No contexto académico, a procrastinação manifesta-se sob várias formas, entre elas o adiamento de tarefas, a discrepância entre manifestar a intenção em fazer a tarefa e efetivamente realizá-la, trocar essa tarefa por outras atividades e, simplesmente recusar-se a fazê-la pelo medo de falhar.
Independentemente do motivo que leva os estudantes à procrastinação, parece indispensável a adoção de medidas diretas sobre este comportamento, através do reajuste de programas curriculares e da concretização de medidas pedagógicas criativas e flexíveis ao encontro do tipo de aprendizagem de cada estudante.
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