(In)Voluntariamente Sentindo: Sensações, Emoções e Sentimentos
- Alexandra Gomes
- 1 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
“ As sensações e as emoções básicas são inatas,
mas os sentimentos são construídos a cada momento pela mente.”
Nem todos sentem da mesma forma… Comumente falando, há as pessoas mais “racionais” e as mais “emocionais”. As primeiras são consideradas mais prudentes e precavidas, tendo mais facilidade em refletir antes de agir; por outro lado, as pessoas emocionais são mais velozes e expressivas nas suas emoções.
Contudo, independentemente da sua maior ou menor expressão, as emoções estão presentes em todas as pessoas e, mais menos controladas, determinam como estas se comportam.
Mas o que é uma emoção?
A palavra “emoção” vem do latim motio e que significa “movimento”, isto é, uma reação involuntária do corpo a um estímulo (acontecimento e pensamento consequente), manifestando-se em sensações agradáveis ou desagradáveis (temperatura corporal, batimento cardíaco, frequência respiratória, tónus muscular, dilatação da pupila…). Por este motivo, é tendencioso dividir-se as emoções em “boas” ou “más”, mas todas as emoções são como uma bússola interna que levam o ser humano à homeoastase, ao seu equilíbrio interior, garantindo a sua sobrevivência e o seu bem-estar pessoal. Através das emoções, sabemos onde estamos e para onde devemos ir; se é seguro avançar ou é arriscado; se devemos agir ou aceitar; se devemos rir ou chorar. E está mesmo tudo bem. Pela sua definição, uma emoção tem a duração média de 90 segundos e, sendo involuntária e inevitavelmente presente em todos os seres (humanos e animais), deve ser acolhida e vivenciada naturalmente. Por sua vez, os sentimentos, definindo-se como sendo definidos como emoções pensadas, e característicos exclusivamente dos seres humanos, já são voluntários e as suas presença e manutenção na vida do ser humano, depende exclusivamente do próprio.
Assim, sentir medo, alegria, raiva, tristeza, aversão e surpresa é tão expectável como respirar. A intencionalidade humana intervém na perceção que tem dessas emoções e na forma como as manifesta.
Referências de interesse:
Damásio, A. (2011). O Erro de Descartes. Emoção, Razão e Cérebro Humano. Lisboa: Temas e Debates.
Palha, M. (2016). Uma caixa de primeiros socorros das emoções. Lisboa: Editorial Presença.
Queirós, M. (2016). Inteligência Emocional – Aprenda a Ser Feliz. Porto: Porto Editora.
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