O compromisso com a parentalidade e a assunção pela formação de seres humanos estáveis emocionalmente implica que os pais se tornem responsáveis também pela própria saúde emocional. Por isso, é cada vez mais comum o interesse dos pais na temática da Inteligência Emocional e a sua preocupação em serem competentes emocionalmente.
Como foi referido em artigos anteriores, a Inteligência Emocional engloba as habilidades que permitem identificar, compreender e regular as próprias emoções e que ajudam a relacionar-se de forma saudável, nutritiva e assertiva para com os outros.
Quando são trabalhadas junto das crianças, estratégias de regulação emocional, estas têm a possibilidade de se conhecerem melhor, de aprenderem a autorregular-se emocionalmente e ver, assim, aumentada a sua autoestima.
Segundo a Psicóloga Laura Mitjana (@LauraRuizMit) os pais podem adotar algumas estratégias para com os seus filhos e, assim, educá-los emocionalmente:
1. Escutar sem julgar. Não basta prestar atenção apenas enquanto os filhos falam, mas também validar o que eles expressam, sem julgamentos. É importante proporcionar um espaço seguro e amoroso para que os filhos se consigam expressar sem medo e sentir que podem ser bem tratados e acarinhados.
2. Permitir que as crianças explorem o meio que as rodeia. Ter o cuidado de deixar que os filhos cresçam e explorem o seu mundo, sem lhes passar os seus próprios medos ou ansiedades infundadas. Desta forma é promovida a autonomia das crianças, para que estas se desenvolvem integralmente e aprendam quais as suas capacidades, o que favorece o seu autoconhecimento.
3. Apoiar os interesses dos filhos. Os filhos precisam de viver as suas próprias vidas e experiências e estas podem ser diferentes das suas. Desta forma, os pais percecionam os filhos como seres independentes e únicos e apoiam-nos nos seus interesses e motivações próprios, motivando-os a seguir em frente a experienciar novas oportunidades, sem impor.
4. Estabelecer limites claros. Ser capazes de estabelecer limites, normas e regras claras em casa e no exterior, para que as crianças se sintam seguras em todos os contextos. Parte fundamental para o desenvolvimento equilibrado da criança é a capacidade parental em estabelecer normas e padrões comportamentais, assentes em limites claros. Por sua vez, estes devem ser bem explicados, fáceis de compreender, estáveis, mas com alguma flexibilidade.
5. Ser empáticos. A empatia permite colocar-se no lugar dos filhos e a compreender o que sentem, oferecendo-lhes, emocionalmente, o que necessitam.
Neste sentido, é importante olhar para os filhos com olhos de criança e recordar que também passaram por esses momentos de aborrecimento, confusão e alegria. Desta forma é criada uma conexão com os filhos, o que, por sua vez, faz com que estes confiem mais nos pais e os percecionem como alguém capaz de os acolher nos momentos mais difíceis.
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