O uso excessivo de ecrãs, como smartphones, tablets e computadores, contribui para a inatividade física e mental das crianças, afetando também seu espírito empreendedor. Esta inatividade reflete-se, muitas vezes, na falta de oportunidades de exploração criativa, interação social e do desenvolvimento de habilidades práticas, essenciais para nutrir uma mentalidade empreendedora.
Os adultos, educadores formais e informais das crianças, devem inspirá-las a serem empreendedoras de várias formas, ajudando a desenvolver habilidades e mentalidades essenciais desde cedo. Eles podem fazê-lo da seguinte forma:
1. Encorajar a criatividade e a iniciativa: incentivar as crianças a explorar suas ideias e a resolver problemas de maneira criativa, seja através de atividades como jogos de construção, criação de histórias, arte, ou mesmo permitindo que eles pensem em maneiras de melhorar o que está à sua volta.
2. Ensinar o valor do esforço e da resiliência: empreender envolve tentar, falhar e tentar de novo. Os adultos devem mostrar às crianças que o fracasso faz parte da aprendizagem e que o importante é a persistência. Partilhar histórias de empreendedores de sucesso que superaram desafios e falar sobre a importância de aprender com os erros, é também uma estratégia interessante.
3. Educar pelo exemplo: ser um modelo ao mostrar o seu próprio entusiasmo em relação ao trabalho e às ideias empreendedoras. Quando as crianças veem os adultos próximos criando soluções ou sendo inovadores, sentem-se inspiradas a seguir o exemplo. Se houver um negócio de família, envolver as crianças em pequenas tarefas para que comecem a entender como um negócio funciona.
4. Criar oportunidades para as tomadas de decisão: envolver as crianças em pequenas decisões familiares, como escolher atividades para o fim de semana ou planear pequenas compras. Isso ajuda a desenvolver o pensamento crítico e a capacidade de lidar com a responsabilidade.
5. Promover a Educação Financeira: ensinar, desde cedo, conceitos básicos sobre dinheiro, poupança, investimento e riscos. Isto pode ser feito de maneira divertida, como através de jogos de tabuleiro relacionados com a gestão de recursos ou mesmo simulando um "negócio" em casa, como uma venda de limonada ou outros produtos feitos por eles.
6. Incentivar projetos independentes: apoiar as crianças a criar projetos pequenos, como vender algo que produzem (desenhos, doces, etc.), organizar um evento familiar ou abrir uma "loja" fictícia. Essas experiências ajudam a cultivar o senso de responsabilidade e iniciativa.
7. Cultivar a curiosidade e a Mentalidade de Crescimento: incentivar perguntas, promover o hábito de ler e aprender sobre diversos assuntos. A curiosidade é fundamental para o empreendedorismo, pois estimula o desejo de entender o mundo à sua volta e encontrar oportunidades para melhorar as coisas.
8. Incentivar a empatia e o impacto social: ensinar as crianças a pensarem no impacto que as suas ações e os seus negócios podem ter no mundo. Projetos que envolvem causas sociais, como arrecadação de fundos para a caridade ou soluções que ajudem a comunidade, contribuem para uma visão empreendedora mais ampla e voltada para o bem comum.
Ao trabalhar estas estratégias com as crianças, no quotidiano, os adultos podem inspirá-las a desenvolverem uma mentalidade empreendedora e prepará-las para serem inovadoras e resilientes no futuro.
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