A autoestima é uma qualidade do Ser Humano com muito impacto na forma como este se sente e relaciona com os outros. Por ser tão importante ter essa qualidade consolidada, é um dever dos pais/educadores promovê-la nas crianças, sendo corresponsáveis pela geração de Seres emocionalmente saudáveis.
Segundo pesquisas publicadas no sítio web www.Psychcentral.com, e partilhadas pela Psicóloga Maria Palha, no seu livro, “Uma caixa de Primeiros Socorros das Emoções”[i], a formação da autoestima pelos pais/educadores, requer a adoção de várias estratégias como:
1) O cuidador não deve recear que a criança explore o meio envolvente. Ao explorar o ambiente, a criança desenvolve as suas criatividade e curiosidade, arrisca, cai, frustra, levanta e tenta de novo, conseguindo atingir os seus objetivos…E isto é uma validação da sua autoconfiança e um “mimo” para a sua autoestima.
2) Ao longo de qualquer processo de aprendizagem, mais ou menos formal, deve ser reforçada a importância de que, quando se inicia uma tarefa, deve-se terminá-la. Este princípio é válido, sobretudo para as atividades extracurriculares. A partir do momento que a criança inicia uma atividade, salvo motivos que coloquem em causa a sua segurança, esta deve continuar na atividade até ao fim do Ciclo (ano letivo) e não quando se aborrece. Desta forma é promovida a resiliência, a persistência e o foco da criança.
3) A prática do elogio é também uma ferramenta muito importante. Contudo deve elogiar-se as qualidades da criança e não da tarefa em si.
4) Outro fator muito importante para a promoção da autoestima da criança, é esta sentir-se integrada e valorizada nos grupos em que se insere (escola, desporto, catequese…). Quando a criança se sente excluída desenvolve culpa, medo do abandono e rejeição. Uma das formas “caseiras” de integrar e valorizar a criança é fazer com que esta colabore nas tarefas de casa.
5) A forma como se critica é também determinante na promoção da sua autoestima. Quando se critica desmedida e desproporcionadamente em relação ao seu comportamento, é diminuída a possibilidade de melhorar e fazer diferente. Por outro lado, a crítica deve ser dirigida ao comportamento da criança e não à sua personalidade, dando assim a oportunidade de a motivar a fazer melhor, pois é “apenas um comportamento”.
Estas são algumas dicas que pais e educadores formais devem adotar com as crianças, contribuindo para uma geração inteligente emocionalmente e emocionalmente competente!
[i] Palha, M. (2016). Uma Caixa de Primeiros Socorros das Emoções. Lisboa: Editorial Presença.
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