Desde tenra idade é importante que cada um tenha definido o foco na sua vida. Este pressuposto leva os pais a questionarem sobre qual o caminho que os seus filhos devem seguir.
Os pais dão o seu melhor para eles e por eles, querem que tomem as decisões mais acertadas, adotem as melhores atitudes e construam as ferramentas mais eficazes para enfrentar os desafios que vão encontrando na sua vida.
Esta postura assenta em pensamentos cuidados, experiências vividas e emoções sentidas ao longo da vida, o que lhes permite acreditar que estão na posição mais favorável para determinar o que é melhor para os seus filhos. Nalgumas situações, esta atitude resulta, mas noutras os resultados são menos favoráveis e assiste-se a um conflito de ideias, a uma dualidade de linguagens e a uma incompreensão entre pais e filhos.
Se a decisão vocacional dos pais foi feita em conformidade com os seus sentimentos da altura, teve o apoio dos pais e são pessoas felizes e realizadas, é natural que tenham a mesma postura para com os seus filhos. Se, por outro lado, a sua decisão foi condicionada e não teve alternativas, sentindo-se como os que têm a solução para o futuro do filho, correm o risco de entrar em divergência com os objetivos, as expectativas, os gostos e o ponto de vista deles.
O grande desafio para esta divergência passa pela (re)definição de objetivos e pelo desenvolvimento de estratégias eficazes para a obtenção de melhores resultados. Porém, este trata-se de um desafio que traz consigo receio, ansiedade e incertezas.
Independentemente da maior ou menor convergência de pontos de vista entre os pais e os filhos, a insegurança e a ansiedade sentidas é comum a todos os pais.
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