A utilização permanente dos telemóveis, portáteis ou tablets para tirar notas diminui acentuadamente as vezes em que se escreve manualmente. Afinal, ter um teclado ao alcance de cada um, todo o tempo, é muito conveniente: escreve-se mais rápido e não se corre o risco de perder o papel das anotações, o que facilmente acontecia.
No entanto, escrever à mão é uma prática que jamais devia ser abandonada, auxilia a organização e melhora a memória.
Cada vez são mais bonitos e completos os cadernos de notas, os blocos de apontamentos e as clássicas agendas de papel. Além disso o processo de escrita manual é um ótimo catalisador para o trabalho da memória, aumentado a produtividade e priorizando as tarefas a realizar, de forma mais eficaz.
Por sua vez, a utilização frequente das novas tecnologias para anotar listas e “não esqueceres” promove sim, a memória desses equipamentos… Afinal, a memória é deles e não de quem escreve.
Vários estudos defendem que quando se escreve à mão, a memória melhora consideravelmente. Por exemplo a recordação de novas palavras, a curto e a médio prazo, era melhor quando eram escritas manualmente do que recorrendo aos teclados. De facto, a escrita manual é mais complexa e um maior ativador das atividades da rede neuronal, essenciais para a criação de memórias e a codificação de nova informação.
Em suma, quando se recorre à escrita através do uso do lápis ou da caneta desenvolvem-- se processos sensoriomotores mais complexos, ajudando a melhorar a recordação do que foi escrito, contribuindo para uma otimização da memória.
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