Acontecimentos intensos como um dia de aulas mais difícil, um professor menos tolerante, refeições tomadas apressadamente, aquele colega que escolhe “o melhor” momento para aborrecer, as disciplinas menos atrativas e os pais mais ansiosos pelo regresso às rotinas, têm um impacto significativo no equilíbrio emocional das crianças. Aí despoletam as emoções negativas, traduzidas nas birras, nos sucessivos “não”, nos choros por “não sei que motivo”, nas dificuldades em adormecer e nas noites mal dormidas.
Nestas situações a criança experiência um estado de stresse negativo – “distresse” – que condiciona o seu bem-estar e a serenidade dos que a rodeiam.
Mas não são apenas as emoções negativas que destabilizam as crianças. As emoções positivas, expressas a partir dos momentos energeticamente positivos e inesperados, criam, também, fortes “tempestades” emocionais e comportamentais e aí a criança vivencia um estado de “eustresse” – stresse positivo – claramente útil no começar do dia a dia, do reiniciar as rotinas e no potencializar de habilidades como a criatividade, proatividade e produtividade.
A diferença está no facto de ser mais fácil aceitar um acontecimento positivo do que um negativo e suportar as emoções daí provenientes.
Assim, quando é inevitável surgirem acontecimentos negativos é importante dotar as crianças de capacidades de regulação emocional e assim torná-las emocionalmente mais inteligentes!
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