As aulas estão a iniciar e com elas o estar, o conviver e o conhecer colegas e futuros amigos. Este é um processo nem sempre fácil e natural para muitos adolescentes, ainda mais quando a facilidade de rendição aos ecrãs é elevada no período de férias.
Quando o adolescente enfrenta dificuldades em fazer amigos, os pais têm um papel importante no seu apoio emocional e no seu desenvolvimento de habilidades sociais. Estes devem criar um ambiente onde o adolescente se sinta seguro para falar sobre os seus sentimentos; escutá-lo com empatia e sem julgamentos. Desta forma, sentir-se-á compreendido e aceite.
No entanto, o adolescente tem o seu ritmo social e quer/precisa também do seu espaço. Por isso é contraproducente pressioná-lo para fazer amigos rapidamente, gerando ainda mais ansiedade no jovem.
É do conhecimento geral que as habilidades sociais são fundamentais para a vida de todos e os pais devem ajudar a desenvolver essas habilidades, incentivando conversas sobre como iniciar e manter amizades e praticando com eles essas habilidades, desde como escutar com atenção, fazer perguntas e demonstrar interesse pelos outros.
De modo a reforçar a aprendizagem e o desenvolvimento destas habilidades, os pais podem, também, inscrever os filhos em atividades extracurriculares, clubes ou grupos com interesses semelhantes. As atividades em grupo facilitam o contacto com outros adolescentes de forma mais natural e menos intimidante.
Neste processo de desenvolvimento social, é também importante ajudar o filho a reconhecer as suas qualidades. A autoestima positiva é fundamental para que este tenha confiança ao interagir com as outras pessoas.
Uma vez que os pais educam pelo exemplo, estes devem ser um modelo positivo de como construir e manter relacionamentos saudáveis. O adolescente aprende observando os pais e, por isso, estes devem demonstrar empatia, comunicação aberta e interesse genuíno pelas pessoas.
Se a dificuldade em fazer amigos estiver relacionada com problemas de ansiedade, depressão ou autoestima, é pertinente procurar um psicólogo ou outro terapeuta. Estes profissionais vão ajudar o adolescente a lidar com as emoções e a desenvolver estratégias eficazes para socializar.
Um ponto não menos importante é certificar-se que o adolescente não está a ser vítima de bullying ou isolamento social, o que pode agravar a dificuldade em fazer amigos. Se estiver a ocorrer esta situação é necessária a intervenção imediata, envolvendo a escola e outras partes relevantes.
Acima de tudo, os pais devem ser pacientes, oferecendo suporte contínuo enquanto o adolescente vivencia as suas experiências sociais.
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