O crescimento é um processo contínuo, que se inicia na fecundação e se faz através do aumento no tamanho corporal do indivíduo. É um processo que obedece a muitos fatores e que depende de aspetos genéticos e metabólicos, mas também de condições socioeconómicas e de qualidade de vida. Ou seja, todos nós nascemos com um potencial de crescimento, que pode ou não ser atingido, de acordo com as circunstâncias do nosso meio. Nesse sentido, a baixa estatura poderá ser a manifestação clínica de um crescimento deficiente, resultante de fatores genéticos, endócrinos ou até nutricionais.
A carência de alguns micronutrientes, como o cálcio e a vitamina D podem comprometer o crescimento e desenvolvimento normal durante a infância, uma vez que ambos estão associados ao metabolismo ósseo. O adequado consumo destes dois nutrientes beneficia a formação do esqueleto, podendo até prevenir a osteoporose na vida adulta. Além do cálcio e da vitamina D, o zinco também é outro mineral de extrema relevância, já que a sua deficiência pode afetar o metabolismo da hormona de crescimento e consequentemente tornar-se um fator limitante no mecanismo de regulação deste processo.
O cálcio é essencial para a mineralização óssea. Logo, é de extrema importância para um crescimento adequado. É recomendado que as crianças a ingestão de 700 mg/dia durante a infância e de 1300 mg/dia na puberdade.
Por sua vez, a vitamina D é uma pró-hormona biologicamente inativa, sendo ativada devido a hidroxilações que acontecem no fígado e nos rins. É um nutriente fundamental para a saúde, atuando principalmente na regulação da homeostase do cálcio, sendo determinante para a formação de ossos saudáveis. Assim, a deficiência de vitamina D na infância pode trazer danos graves nos processos de mineralização e crescimento, sendo que o raquitismo é uma das doenças mais conhecidas provenientes dessa carência.
Por sua vez, o zinco é um mineral que participa nos processos de divisão celular, contribuindo para síntese de DNA e RNA, para o metabolismo de proteínas e para o crescimento e desenvolvimento do organismo. Um estudo publicado em 2018 na revista Nutrients, analisou diversos ensaios clínicos randomizados e constatou que a suplementação de zinco em crianças melhora significativamente o seu crescimento, com especial incidência nas crianças com mais de 2 anos. Assim, é fundamental acompanhar a evolução do crescimento das crianças. A deficiência de nutrientes como o cálcio, zinco e vitamina D comprometem o desenvolvimento ósseo e a suplementação pode ser uma boa alternativa nos casos em que a ingestão pela alimentação é insuficiente.
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